segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Opinião: o jovem quer uma escola que caiba na vida


"É preciso valorizar a leitura em todo o percurso da formação, relacionar a teoria com a prática promover a iniciação científica e a aprendizagem criativa", afirma Mozart Neves Ramos sobre o Ensino Médio



desenvolvimento econômico que o Brasil vem experimentando, na última década, vem abrindo importantes janelas de oportunidades para nossa juventude.
No passado faltavam empregos, hoje falta mão de obra qualificada para ocupar as posições no mercado de trabalho geradas por essa nova economia. Isso está diretamente vinculado à oferta de uma Educação básica de baixa qualidade.
Hoje no Brasil são 10 milhões de jovens matriculados no ensino médio. Muitos ficam pelo caminho, abandonam os estudos por falta de motivação. Os que concluem não aprendem aquilo que seria esperado. Por exemplo, em matemática, apenas 11% aprenderam o que seria esperado ao final do ensino médio. O jovem quer uma escola que caiba na vida e, hoje, ele não a encontra no ensino médio.
Para reverter esse quadro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou novas diretrizes curriculares para o ensino médio, pautadas em quatro dimensões:trabalho, ciência, tecnologia e cultura.
É preciso pensar nas diferentes juventudes, as que estudam no diurno e aquelas do noturno; as que sonham por uma escola de tempo integral; as que precisam trabalhar e de mais tempo para concluir o ensino médio.
Mas, antes de tudo, é preciso oferecer a estas juventudes um ensino motivador, capaz de promover a criatividade e a inovação, promovendo a autonomia, a flexibilidade e a interdisciplinaridade nas redes de ensino e nas escolas, a partir dos seus projetos pedagógicos.
Não se pode pensar em um único ensino médio. Nesse sentido, é preciso valorizar a leitura em todo o percurso da formação, relacionar a teoria com a prática - não se pode esperar que um jovem goste de química aprendendo reações químicas na lousa! -, promover a iniciação científica e a aprendizagem criativa.
São desafios que passam por uma nova formação docente, uma nova cultura, pautada em expectativas de aprendizagem moldando os processos de avaliação e os próprios investimentos do Ministério da Educação. O caminho é longo, mas o CNE deu um passo importante para combater a atual baixa qualidade do ensino médio.

Mozart Neves Ramos é especialista em Educação Básica e professor da Universidade Federal de Pernambuco.
Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de São Paulo (SP) 

domingo, 7 de agosto de 2011

Jogo - Memória Geográfica


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sábado, 6 de agosto de 2011

Dia dos Pais: 7 erros da escola


Obrigar todos os alunos a participar das comemorações e não vinculá-las ao currículo são alguns dos equívocos mais comuns

Por mais que sejam datas impulsionadas pelo comércio, comemorações como o Dia dos Pais raramente passam em branco nas escolas. É muito comum que os educadores planejem festas para homenagear os pais ou peçam que a turma produza presentes. Se esse é o caso de sua instituição, é desejável que as comemorações estejam vinculadas a um projeto ou a uma sequência didática já planejada no currículo, com foco no conteúdo e não em um presente para uma determinada pessoa.


Pode-se pensar em exemplos para todas as disciplinas. ''Nas aulas de Artes, por exemplo, pode ser proposta a produção de um cartão inspirado na obra de um artista estudado e sugerir que seja dado a uma pessoa especial. Seja para o pai, para a mãe ou para um amigo,'' recomenda Priscila Monteiro, consultora da Fundação Victor Civita.

Os eventos também devem ser estruturados contemplando os conteúdos previstos nas disciplinas, uma vez que são formas de convidar a comunidade para dentro da escola. Um projeto para o estudo de um gênero literário pode ter em uma de suas etapas a exposição de textos feitos pelos alunos. Vale, então, socializar a produção da turma - chamando não apenas pais, mas também mães ou outros adultos que sejam referências às crianças.

Outra questão nunca pode ser ignorada: como participa a criança que não tem contato com o pai? Deve-se sempre levar em conta que a família considerada tradicional, formada por pai, mãe e filhos, dificilmente é a realidade na casa de todos os alunos. São muitas as possibilidades de estrutura familiar: monoparental feminina (mãe solteira, separada ou viúva), crianças que moram em abrigos, com avós, são filhas de casais homossexuais etc. Se o professor fizer um levantamento sobre como é a vida de cada aluno, certamente perceberá que pode excluir ou constranger alguém ao propor uma grande homenagem - o que talvez seja motivo para repensá-la. A seguir, você confere mais detalhes sobre esse e outros equívocos na comemoração do Dia dos Pais nas escolas:

7 equívocos na comemoração do Dia dos Pais


1 Ignorar os diferentes tipos de família no planejamento do calendário escolar.
Pautar os encontros para a socialização da aprendizagem da turma de acordo Dia dos Pais ou Dia das Mães exclui as crianças com outros perfis familiares.
2 Usar o tempo das aulas para a confecção de presentes desvinculados do conteúdo das disciplinas.
O horário letivo deve ser exclusivamente dedicado às situações de aprendizagem.
3 Propor a elaboração de cartões, pinturas ou poemas que não permitem a criação individual da criança.
Exibir um modelo e pedir que as crianças o reproduzam não favorece o percurso criador e não dá espaço para que as crianças registrem sua marca na obra.
4 Obrigar todos os alunos a participar das comemorações.
As ações focadas em homenagear um familiar podem deixar um aluno que não quer participar constrangido, seja qual for o motivo de seu incômodo.
5 Expor a intimidade de algum aluno durante a realização de uma atividade.
Não é adequado dizer à classe "fulano está dispensado da atividade porque seu pai faleceu" ou "o pai de beltrano não virá porque está preso". É preciso ter bom senso para não divulgar o que é da esfera íntima do aluno. O educador deve zelar para que a criança que escolha não participar tenha sua privacidade protegida.
6 Avaliar a participação de um aluno em uma atividade vinculada à efeméride.
O professor não pode dar ênfase aos momentos em que o conteúdo não é o foco de um projeto e, menos ainda, avaliar o desenvolvimento do aluno pela participação em uma atividade que nada tem a ver com o currículo.
7 Realizar a festa durante o horário letivo.
Mesmo que o evento seja planejado como forma de socializar a produção dos alunos, deve-se considerar que muitos pais não têm como se ausentar do trabalho. Ao planejar as atividades, é necessário refletir sobre os momentos em que a maioria da comunidade pode participar e criar alternativas.

Fonte: Revista Nova Escola

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Projeto que proíbe a dispensa de alunos por falta do professor será votado na terça-feira

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), vai votar, em decisão terminativa , na terça-feira (9), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 43/2010 que proíbe a dispensa, pela escola, de alunos da educação básica em caso de falta do professor. Nessas circunstâncias, de acordo com o proposto, os alunos devem permanecer na instituição de ensino e receber atividades complementares, respeitadas a faixa etária e a grade curricular de cada série.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O professor de hoje não pode só reproduzir sua formação

Por Içami Tiba


É como um médico cirurgião que não poderia nem deveria operar ninguém se não tivesse competências específicas como conhecimento (não conhece as técnicas cirúrgicas mais adequadas e atualizadas, a patologia a ser operada, etc.), comprometimento (não se incomodar com a vida do paciente, largar todo o material cirúrgico na barriga da pessoa que está sendo atendida, tirar as luvas e avental e jogar sobre a mesa cirúrgica e sair correndo porque está na hora da sua saída), responsabilidade (de ter consciência da cirurgia que faz), disciplina (terminar o que começou), ética (respeitar tanto o paciente quanto a si mesmo) etc.
Assim também, de um professor espera-se competências específicas para que seus alunos sejam bem sucedidos no aprendizado.  Tomo a liberdade de listar aqui as seis características que o docente ideal para o século 21 deve ter, segundo texto publicado na revista Nova Escola, da editora Abril:
·    ter uma boa formação;
·    usar novas tecnologias a favor dos conteúdos;
·    atualizar-se em novas técnicas de ensinar;
·    trabalhar bem em equipe;
·    planejar e avaliar sempre: observar para reorientar o trabalho;
·    ter atitudes e posturas profissionais: todo aluno pode aprender.
Aponto, abaixo, mais exemplos de como melhorar a performance do professor com os alunos em sala de aula:
·    7. aquecer o aluno para receber a aula. Um aluno raramente tem sua mente aquecida para receber a aula e frequentemente está totalmente desligado. Cabe ao professor fazer um warming up, aquecimento, como qualquer esporte ou aperitivo que prepara o corpo para a ginástica ou refeição, basta que o professor pergunte: quem se lembra da última aula? Quem responder ganha um ponto, pois este aluno favorece o aquecimento de outras mentes, até as respostas começarem a pipocar. Pronto: as mentes estão aquecidas!
·    8. mental-breaks: alunos não mais suportam ficar 50 minutos em aula. Até adultos precisam de coffee-breaks. Em uma aula pesada, o professor poderia abrir mental-break oferecendo 5 minutos para os alunos trocarem ideias entre si sobre o que foi dado ou, melhor ainda, um aluno pergunta e outro responde, numa competição de somar pontos quem mais souber.
·    9. um aluno escolhido ou voluntário faz um resumo final da aula, também ganhando um ponto. A aula não termina sem o resumo.
·    10. o professor deve fazer um teaser (recurso do marketing para estimular o “comprador” através de ofertas interessantes fazendo o aluno interessar-se pela matéria da próxima aula). É como as cenas do próximo capítulo das novelas e seriados de TV ou trailler dos filmes que chegarão aos cinemas.
·    11. o professor tem que ensinar os pais a cobrarem diariamente as lições de casa. Os filhos têm que fazer um resumo de cada aula assistida, usando 150 palavras do próprio vocabulário e enviar aos pais como conseguirem: seja via mensagens de computador, torpedo, e-mail etc. Tiveram três aulas? Os pais têm que receber três resumos. Caso contrário, estarão sustentando a ignorância que custa muito mais caro do que o conhecimento.
Os itens 7, 8, 9, 10 e 11 já constam do meu novo livro “Pais e Educadores de Alta Performance”, a ser lançado em julho de 2011 pela Integrare Editora.


Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Família de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 26 livros.

domingo, 24 de julho de 2011

Como ajudar seu filho na escola


Saiba como ensinar a importância dos estudos para o seu filho. Confira as dicas

Defina um local de estudo: esse ambiente deve ser calmo e silencioso
Foto: Dreamstime  
Seu filho detesta estudar? Tatiana Sessa, autora do livro E Agora? Meu Filho Não Gosta de Estudar (Ed. Best Seller), dá dicas certeiras para que a molecada goste dos livros, comporte-se em sala de aula e tire boas notas. Confira:

Estude junto com ele: se você não tem a menor ideia de como ajudá-lo na tarefa, que tal dar uma olhada no livro da matéria? Assim, os dois aprendem coisas novas.
Faça ele ensinar você: quando não compreender alguma parte da tarefa, você também pode pedir que seu filho lhe explique. Funciona como uma chamada oral.
Respeite os professores: mesmo que a escola seja particular, jamais trate os professores como seus empregados nem critique os funcionários na frente de seu filho.
Não desautorize o pai: você e seu companheiro devem conversar sozinhos antes de tomar decisões, para evitar que um permita algo que o outro proibiu, por exemplo. Essa dica é especialmente importante para filhos de pais separados.
Diga "não" sem culpa: quando o "não" tem argumentos fortes e claros para seu filho, ele aprende a lidar com os limites e entende que não pode ter tudo o que quer na vida. Só não vale dizer o famoso "é não porque não": isso não ensina nada, só serve de muleta.
Estipulem horários juntos: organizem uma rotina de estudo: seu filho mesmo pode sugerir os melhores horários para isso.
Defina um local de estudo: esse ambiente deve ser silencioso, sem interferência de TV, celular e internet.
Descubra como ele aprende: há quem aprenda melhor fazendo resumos e quem precise ler em voz alta.
Elogie o esforço, não só a nota: falar que ir bem na escola "é obrigação" não motiva ninguém a se dedicar mais...
Aproxime-se de seu filho: com confiança, ele abrirá o jogo sobre as dificuldades que encontra nos estudos.
Troque sermão por diálogo: em vez de dar uma bronca a cada nota baixa, preste atenção ao que ele tem a dizer.
Faça-o a escrever à mão: acostume seu filho a responder bilhetinhos por escrito, sem usar o computador. Isso vai deixá-lo mais seguro ao escrever redações e, de quebra, melhora a letra.
Associe o aprendizado com a diversão: fazer um bolo, uma pesquisa no zoológico ou um experimento de ciências pode ser tão instrutivo quanto divertido.
Conteúdo do Site Ana Maria