Por Içami Tiba
  É  como um médico cirurgião que não poderia nem deveria operar ninguém se  não tivesse competências específicas como conhecimento (não conhece as  técnicas cirúrgicas mais adequadas e atualizadas, a patologia a ser  operada, etc.), comprometimento (não se incomodar com a vida do  paciente, largar todo o material cirúrgico na barriga da pessoa que está  sendo atendida, tirar as luvas e avental e jogar sobre a mesa cirúrgica  e sair correndo porque está na hora da sua saída), responsabilidade (de  ter consciência da cirurgia que faz), disciplina (terminar o que  começou), ética (respeitar tanto o paciente quanto a si mesmo) etc.
Assim  também, de um professor espera-se competências específicas para que  seus alunos sejam bem sucedidos no aprendizado.  Tomo a liberdade de  listar aqui as seis características que o docente ideal para o século 21  deve ter, segundo texto publicado na revista Nova Escola, da editora Abril:
·    ter uma boa formação;
·    usar novas tecnologias a favor dos conteúdos;
·    atualizar-se em novas técnicas de ensinar;
·    trabalhar bem em equipe;
·    planejar e avaliar sempre: observar para reorientar o trabalho;
·    ter atitudes e posturas profissionais: todo aluno pode aprender.
Aponto, abaixo, mais exemplos de como melhorar a performance do professor com os alunos em sala de aula:
·    7. aquecer  o aluno para receber a aula. Um aluno raramente tem sua mente aquecida  para receber a aula e frequentemente está totalmente desligado. Cabe ao  professor fazer um warming up, aquecimento, como qualquer esporte  ou aperitivo que prepara o corpo para a ginástica ou refeição, basta  que o professor pergunte: quem se lembra da última aula? Quem responder  ganha um ponto, pois este aluno favorece o aquecimento de outras mentes,  até as respostas começarem a pipocar. Pronto: as mentes estão  aquecidas!
·    8. mental-breaks: alunos não mais suportam ficar 50 minutos em aula. Até adultos precisam de coffee-breaks.  Em uma aula pesada, o professor poderia abrir mental-break oferecendo 5  minutos para os alunos trocarem ideias entre si sobre o que foi dado  ou, melhor ainda, um aluno pergunta e outro responde, numa competição de  somar pontos quem mais souber.
·    9. um aluno escolhido ou voluntário faz um resumo final da aula, também ganhando um ponto. A aula não termina sem o resumo.
·    10. o professor deve fazer um teaser (recurso  do marketing para estimular o “comprador” através de ofertas  interessantes fazendo o aluno interessar-se pela matéria da próxima  aula). É como as cenas do próximo capítulo das novelas e seriados de TV  ou trailler dos filmes que chegarão aos cinemas.
·    11. o professor tem que ensinar os pais a cobrarem diariamente as lições de casa.  Os filhos têm que fazer um resumo de cada aula assistida, usando 150  palavras do próprio vocabulário e enviar aos pais como conseguirem: seja  via mensagens de computador, torpedo, e-mail etc. Tiveram três aulas?  Os pais têm que receber três resumos. Caso contrário, estarão  sustentando a ignorância que custa muito mais caro do que o  conhecimento.
Os  itens 7, 8, 9, 10 e 11 já constam do meu novo livro “Pais e Educadores  de Alta Performance”, a ser lançado em julho de 2011 pela Integrare  Editora.
 

 
 
"Ótimo texto para nós refletirmos sobre nossa prática pedagógica. Gostei!"
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