sábado, 26 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aluno aprende 68% mais com bom professor

O conceito de que o aluno é quem faz a escola acaba de ser derrubado com a revisão de quase 200 artigos científicos nacionais e internacionais sobre Educação, reunidos em único estudo chamado Caminhos para Melhorar o Aprendizado. De acordo com o documento, alunos dos melhores professores aprendem 68% mais do que os colegas orientados pelos piores docentes. Quantidade de alunos por sala, apoio e estrutura da escola também são fundamentais para esses resultados.
Fruto de um trabalho conjunto entre a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Instituto Ayrton Senna e movimento Todos pela Educação, o levantamento considerou apenas as pesquisas cuja amostra contou pelo menos com 2 mil pessoas ou cem escolas – entre instituições de ensino fundamental e médio.
A compilação reúne dados a partir de experiências em salas de aula que obtiveram resultados positivos para o aprendizado. De acordo com o documento, os textos analisados e tornados públicos demonstram que “uma boa escola e um bom professor são indispensáveis para o aprendizado do aluno”.
Os estudos demonstram que a qualidade do professor é a coisa mais importante da escola. E nem sempre os educadores com mais tempo de carreira e com a melhor formação acadêmica são os melhores. De acordo com Barros, as pesquisas não apontam exatamente as características que o bom docente tem – ou deveria ter –, mas argumenta que “todo aluno e toda direção sabe quando o professor é bom”. E frisa: “Os alunos realmente aprendem.”
Especialistas e gestores ouvidos pela reportagem sustentam que a educação continuada do educador é fundamental para seu desempenho em sala. Para Paes de Barros, as escolas deveriam ter fichas – semelhantes a dos médicos – com um tipo de diagnóstico escolar do estudante, além de avaliações, como a Prova Brasil, todos os anos. “Ajudaria a medir o quanto as crianças aprenderam”.
Outros fatores 
Se os progressos no campo da educação dependem do corpo docente de cada instituição de ensino, há outros fatores que também interferem nesse processo. Salas com até 15 alunos aprendem 44% mais que aquelas com 22 pessoas. Aulas com mais de 50 minutos não ampliam a absorção de conhecimento, mas as faltas são extremamente prejudiciais ao ensino: uma aula a menos em cada dia letivo leva a uma queda de 44% no aprendizado. O mesmo baixo porcentual é percebido quando há redução de quatro dias de aula por mês ou crescimento da turma em 30%.
“A exposição do aluno ao professor é importante”, acrescenta o professor André Portela, coordenador do Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas e também participante do estudo Caminhos. Para ele, o ambiente escolar, bem como o tempo que a criança passa na escola são determinantes para o seu desenvolvimento.
O foco do estudo é a educação básica. É nesse período, que inclui desde a alfabetização dos pequenos, aos 6 anos, até a conclusão do ensino médio, com 17 anos, que o aluno desenvolve várias competências. Por exemplo: “raciocínio, habilidades analíticas e tomadas de decisões”, aponta Portela.
Outras variáveis interferem no aprendizado, como número de alunos em classe, infraestrutura, o envolvimento do aluno e sua capacidade cognitiva, emocional e psicológica.
Contudo, no que diz respeito à formação de um bom educador, Neide afirma que a educação continuada é fundamental.
É com essa formação, segundo a professora da PUC-SP, que o docente aprende a lidar com o magistério de fato e aproveita o tempo para, por exemplo, saber como lidar com o aluno hiperativo, displicente, acomodado.
“A formação continuada é importante para encontrar formas de adequar seu conhecimento à realidade dos alunos”, concorda Flavinês Rebolo, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
A educação, no Brasil, só poderá avançar se o País voltar a considerar a educação, não como uma forma de obter títulos e status, mas como o centro onde se “amplia o conhecimento, de humanizar o ser humano por meio do aprendizado”.
Finalmente, a reestruturação do magistério e a valorização do profissional, com melhores salários e condições de trabalho, são, para Flavinês, outro fator importante na formação de um bom profissional e do progresso do ensino brasileiro.




sábado, 12 de novembro de 2011

12 de Novembro - Dia do Diretor de Escola


Hoje é Dia do Diretor de Escola. 
O diretor de escola é uma função bastante complexa com três aspectos relevantes: autoridade escolar; educador e administrador. Os que convivem com um diretor competente costumam admirá-lo como pessoa, apreciam seu discernimento, reconhecem sua personalidade positiva.
A boa direção se integra tanto com a atividade da escola que quase não é percebida. Aparentemente, o diretor nada tem a fazer numa escola em que todos cumprem suas obrigações e executam suas funções.
Parabéns Diretores/as! Um abraço especial,


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Obrigatoriedade da música na escola


O ano de 2011 é data limite para que toda escola pública e privada do Brasil inclua o ensino de música em sua grade curricular. A exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica. "O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos", diz a professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação).
Entenda mais detalhes dessa lei para que você possa compreender e exigir a aplicação dela na escola do seu filho.
A lei nº 11.769 tornou o ensino de música obrigatório na Educação Básica (que engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental). Mas ela não especifica se todas as séries devem ter a música incluída em sua grade curricular. "Assim como a quantidade de aulas por semana, isso teria de ter sido definido até este ano, junto aos sistemas de ensino estaduais e municipais", diz Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação). Segundo a presidente nacional da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), Magali Kleber, cada secretaria está preenchendo esta lacuna do seu jeito. Tudo depende da proposta político-pedagógica de cada escola.
 O MEC (Ministério da Educação) propõe cursos de formação para ministrar o conteúdo de música e o ensino de cultura regional. Até mesmo recursos de educação à distância estão sendo usados nesse processo. "Agora existe uma expectativa muito grande da área e da sociedade que está esperando que seus filhos aprendam música nas escolas sem ter de pagar. A lei teve impacto para os profissionais de música, e teve impacto para a discussão de acesso à música na sociedade", diz Magali Kleber.
Para que as aulas de Música não virem "hora do recreio", é preciso que os pais fiquem de olho em quem irá ministrá-las. Além disso, é preciso checar se esse ensino será contínuo e com uma metodologia capaz de desenvolver a capacidade musical dos estudantes de forma gradual, sem truncamentos e interrupções.